Combate ao cibercrime exige ação comum entre os governos

OEA: Combate ao cibercrime exige ação comum entre os governos

Os crimes cometidos com o uso da internet exige algum nível de entendimento internacional sobre esse tema, pelo menos conceitos unificados sobre o ciberataque, incidente, dano e mesmo algum equilíbrio em sanções.

Em visita à sede da OEA em Washington, nos Estados Unidos, promovida pela AWS, a gerente para temas de cibersegurança da Organização dos Estados Americanos Kerry-Ann Barret, conversou com jornalistas sobre o que vem sendo feito para disseminar a importância do tema entre os 35 países da América, e como a entidade municia governos com treinamento, propostas de políticas e boas práticas.

“Por conta da natureza sem fronteiras da segurança cibernética, precisamos pelo menos que todos sejam capazes de usar as mesmas definições do que é um incidente, o que é um ciberataque, o que exige atribuição, é preciso algum acordo global. E também um acordo global sobre como garantir reciprocidade e ser capaz de investigar de forma a que uma pessoa em um país possa responder pelo dano causado em outro. E outra coisa que exige acordo é uma definição sobre o que é dano. Se um tribunal definir que houve crime, qual deve ser a penalidade? É preciso alguma consistência”, disse a especialista.

“É crucial que os países definam qual caminho funciona. Para alguns pode ser uma legislação, para outros um decreto presidencial ou apenas uma política. Mas é importante ter uma abordagem coordenada para cibersegurança. O maior desafio é convencer a mais alto nível de cada governo o quão crítico é ter orçamento específico para cibersegurança. Queremos alcançar o ponto, e espero que seja possível em cinco anos, em que cada país membro terá um orçamento dedicado para segurança cibernética”, disse.

Kerry-Ann defende que algum nível de padronização transacional precisa ser alcançado e nessa linha a OEA é favorável à adesão dos membros à chamada Convenção de Budapeste – em especial por ser, por enquanto, o único acordo internacional.

“(…) se o acordo com a ONU avançar, é um grupo com previsão de três anos, é uma esperança.”, finalizou.

 

Fonte: Convergência Digital